6.2.08

SILÊNCIO

Depois de ter visto o filme do Carlos Saura (que apluadi de pé, no final, com muitos outros espectadores) mais convencido fiquei de que tinha feito bem, pelos meus 18 anos, em ter abraçado a causa fadista.

Sempre que posso, lá vou eu "dar de beber à dor" com a tertúlia de muitos anos e testemunhar a emoção que nós, amadores, sentimos quando interpretamos um Fado, daqueles chamados tradicionais. Como o Corrido, o Cravo, o Alberto ou a Marcha do Alfredo, os meus preferidos.

Tudo isto para dizer quanto fiquei contente pelo facto dos Espanhóis, nacionalistas como são, terem galardoado o Carlos do Carmo com o Prémio Goya pela interpretação do Fado da Saudade. Pode não ser considerado um castiço ou um puro, mas Carlos do Carmo provou, uma vez mais, que é um Senhor do Fado, essa "música" que ainda não é de Portugal todo, mas que é dos Portugueses, escutada e aplaudida há muitas décadas por esse Mundo fora.

Silênco, que se vai ouvir o Fado.

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