31.10.06

A PACIÊNCIA

Li algures na net que "para tudo é preciso paciência". Assim mesmo, sem acompanhamento.
E realmente é verdade, paciência é coisa que não pode faltar ao comum dos mortais, seja para estar na fila para o médico da caixa, seja para esperar que saia o Euromilhões, seja até para ler alguns blogs, como é o caso deste. Até soi dizer-se "que paciência !".
Realmente, a paciência é uma qualidade que todos temos, uns mais do que outros e costuma estar sempre aliada "à recusa", "à derrota" ou "à espera" que são coisas que consideramos pouco agradáveis e que nos costumam incomodar.
Quando se recusa algo a alguém, costuma dizer-se "não pode ser, tenha paciência".
Quando se ganha algo a alguém, diz-se para confortar o adversário "paciência, fica para a próxima".
Quando se espera por algo ou alguém, regra geral ouve-se "só mais um bocadinho, tenha paciência".
Daí, a paciência nos acompanhar em quase todas as situações incomodativas da nossa vida. Mas (há sem sempre um mas) por vezes falta-nos a paciência. Enchemos o saco e batemos com a porta. Viramos as costas e dizemos que "não estamos para gramar isso".
É que a paciência tem limites e mesmo para ter paciência, é preciso paciência.
Haja paciência!

25.10.06

A PAULADA

A coberto do anonimato, um Blog lançou a confusão acusando Miguel Sousa Tavares de plágio no seu livro "Equador". Os mais atentos conseguem fácilmente contrariar essa teoria demagoga e sem rosto.
Quem ao longo dos anos seguiu mínimamente os escritos e os pensamentos do MST, vê logo que tal acusação só pode ser falsa. Tipo vingança dele ter ficado no Expresso e não ter ido para o Sol, ou por ser do FCPorto.
É que não bate certo, o Miguel nunca poderia plagiar nada nem ninguém porque tem sabedoria e criatividade no sangue. Porque tem a quem sair.
Dá-lhes com força, Miguel.

23.10.06

A EUFORIA

Encontrei-o no fim-de-semana, com o saco dos jornais na mão, completamente eufórico.
Inquirido sobre o motivo desse estado de espírito, abriu o saco e começou-me a mostrar, não os tradicionais semanários ou os respectivos cadernos, mas sim revistas da socialite, vulgo imprensa cor de rosa: numa, o brasileiro das telenovelas António Fagundes mostrava a sua namorada 29 anos mais nova; noutra, a famosíssima actriz italiana Gina Lollobrigida apresentava o seu namorado 34 anos mais novo e noutra, o conhecidíssimo Nicolau Breyner dizia quanto apaixonado estava pela sua namorada 28 anos mais nova.
E então? Porquê tanta euforia? Coisas normais, dos tempos actuais, comentei eu.
Pois é, respondeu-me ele, passando a mão pelo seu cabelo agrisalhado.

É que isto está-se a tornar moda e deve ser como as estatísticas off-record do tráfego de estupefacientes: por cada 3 casos públicitados há 300 escondidos e outros 300 em preparação.
E eu tenho cá uma fezada....concluíu ele.

22.10.06

A FACADA

Há coisas, na vida, que aprendemos e que nos servem de lição para o futuro.
Como a deste personagem, que foi imposto como nº 2 de uma lista do PS/Lisboa e que ninguém conhecia de lado nenhum, que veio agora, públicamente
dar uma facada nos seus pares e, principalmente, a quem o convidou para integrar a lista nesse lugar. Ao menos que criticasse no local certo, que ninguém, certamente, lhe levaria a mal.
Sim, porque um cabeça-de-lista tem todo o direito de impôr alguns nomes para a equipe que vai supostamente liderar, mesmo a contra-gosto da estrutura partidária, mas cada vez mais se constata que essas equipes têm que ser coesas e convergentes.

Por isso se diz que a política é feita para e pelos amigos. E se vê, também, que na política não há amigos.
Ó homem, demita-se...!

21.10.06

O INÁBIL

Por causa da inabilidade deste Secretário de Estado, fartei-me de rir com o LNT do Tugir.
Talvez no fundo, o governante possa ter tentado dizer que há largos meses que andamos a constatar que os TV plasmas, os PCs e os portáteis, os DVDs, os micro-ondas, tudo o que seja para usar consumindo electricidade, se vende como o pão quente.
Os desenvolvimentos multimedia e tecnológicos e os novos agregados familiares levam a que muitos e muitos (muitíssimos) lares possuam duas Televisões sintonizadas em diferentes canais. E muitos outros também com computador(es). Quantas vezes tudo ligado e a consumir em simultâneo.
Se os indicadores do consumo (aquisição) de bens são bons, indicando também que a retoma económica está chegando, então o que o governante queria dizer é que quem consome (energia) tem que pagar. E que a energia não cai do céu, tem que ser adquirida. E se há correcções a fazer ao preço, será o consumidor a pagar.
Contudo, estas coisas podem-se pensar mas não se devem dizer. Mesmo por um cidadão comum como eu, quanto mais por pessoas com responsabilidades governativas. Tem que se ser mais polido e políticamente correcto no uso das palavras.
Ah...já agora, o Ministro da Economia anunciou que o aumento do custo energético em 2007 vai ser sómente de 6 %. Tem que se agradecer à Entidade Reguladora ter vindo dizer que seria de 15,7 %, pois com esta correcção ficámos tão aliviados que até parece que nem se vai dar pelo aumento.
Esta foi de mestre.

19.10.06

A OCUPAÇÃO

Nos últimos 3 dias deu brado em toda a comuniação social a ocupação do Teatro Rivoli, no Porto, como protesto contra as intenções (ou já decisão) do Presidente da Câmara, Rui Rio, em entregar a exploração daquele espaço cultural a entidades privadas. De cá, da capital, houve solidariedade para com a razão que se presume que lhes assiste.
Embora o meio usado não tenha sido o mais apropriado, legitimando a acção que lhe pôs termo, importa aqui chamar a atenção dos "ocupas" que esses e outros alertas deveriam ter sido feitos, há cerca de um ano, aquando da campanha eleitoral autárquica.
Aí sim, era nessa altura que deveriam ter feito "agitação" para que os eleitores do município portuense se apercebessem do que poderia acontecer.
Ou será que nessa altura Rui Rio ainda estava nas boas graças daqueles que, agora, se sentem prejudicados?

17.10.06

O ALMOÇO

Hoje almoçei com os 3 amigos. Não andámos juntos na escola nem na tropa.
Mas consideramo-nos amigos. De vez em quando lá nos reunimos no Amoreiras, tipo assembleia geral, para falar de tudo um pouco. Surge sempre um tema central que mobiliza grande parte do almoço.
O de hoje foi o contorcionismo e as dores que aquilo faz nas costas. E o respectivo remédio para essas terríveis dores, que atacam principalmente a espinha. Mesmo a de quem acha que tem uma rija.
Sugeriu-se o Reumon-Gel e, não sei porquê, veio à baila um incrível mas aliviador Prozac. E, pasme-se, até se equacionou se estes faziam efeito nas micoses.
Saímos de lá todos sorridentes, mas não alegres, porque a tarde ainda ia ser de trabalho.
Agora que já é de noite, lembrei-me das conversas do almoço e de como é bom ter amigos. Daqueles que, por vezes, até divergem das nossas ideias e que também, com ou sem esforço, conseguem perdoar eventuais ofensas.
Amigos...e camaradas.

16.10.06

O PEDIDO

Ao ler hoje a justificação do Presidente em exercício da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo para a cedência de 1 autocarro do Município, para uma qualquer Comissão de Utentes se deslocar não intreressa onde para fazer não interessa o quê, fiquei esclarecidíssimo.
É que dizer "que o pedido foi feito por escrito" e que "a câmara não se imiscui nas actividades das associações do Concelho" demonstra uma gritante falta de rigôr na administração da coisa pública.

Mas é "gerindo" desta maneira, como também já se constatou noutros casos, que se conquistam os municípes e se ganham eleições.
Neste caso concreto, conclui-se que basta enviar-lhe um mail em nome da "Comissão de Utentes Anti-Lagartagem" a solicitar 1 autocarro para uma romagem à 2ª circular (eles dum lado, na catedral e elas do outro, a olhar para as montras) e será logo deferido em termos, pois "é só o custo do gasóleo".
Ou então a "Comissão de Utentes da Meia Laranja" lá do sítio escreve a solicitar 1 autocarro para uma visita de interesse fraterno, económico e social ao Casal Ventoso e será deferido em termos, pois "é só o gasóleo".
Com Presidentes de Câmara como este (e deve haver muitos) não chega uma nova lei das Finanças Locais.
É preciso ir mais longe, muito mais longe, para se acabar com este "folclore".

15.10.06

A HABILITAÇÃO

Parece que já passou numa das Televisões um caso semelhante a este, que conheço in loco, e que considero absurdo e disparatado.
Ela é mestre em Psicologia e em vias de terminar a tese de doutoramento. Colocação profissional é coisa que possa não aparecer de imediato e, porque não, talvez o recurso ao ensino enquanto não vêm melhores dias.
O quê? Não pode leccionar Psicologia? Com doutoramento em Psicologia e não pode ensinar Psicologia? O que de melhor sabe e onde investiu muitos anos da sua vida?
É isso mesmo! De acordo com a lei do Ministério da Educação, não tem habilitação para tal. Para leccionar Psicologia teria que ser licenciada em Filosofia. Isso mesmo, em Filosofia.
É difícil de entender, não é? Há alquém que saiba explicar isto?

14.10.06

A JUSTIFICAÇÃO

Leu-se no Expresso de hoje esta transcrição do jornal "O Ribatejo" :

40 Contribuintes do distrito de Santarém foram notificados para justificar, no prazo de 10 dias, a posse de automóveis topo-de-gama de valor superior a €50 mil. De acordo com o director distrital de Finanças, Mário Januário, a aquisição dos referidos veículos não bate certo com os boletins de IRS de 2003, 2004 e 2005. Nalguns casos, não foram entregues declarações; e noutros, o rendimento manifestado é "irrisório".

Bom, se todos os directores distritais de Finanças forem com o de Santarém, preparem-se porque vai haver muita gente a ter que se justificar. Ai vai, vai...

13.10.06

O AZAR


Hoje é sexta-feira 13 e não há post.
Não é que eu seja supersticioso, mas pode dar azar!

11.10.06

O TRÂNSITO

Motivos profissionais trouxeram-me à capital do reino deles, em plena meseta.
Aqui, como todos sabem, é tudo diferente e em grande. Para melhor. O Carmona, vereadores e serviços da CML deviam cá vir fazer um estágio para ver como é que eles conseguem isto. Os edifícios recuperados, os passeios e as ruas limpas, os jardins cuidados, comércio aberto até tarde, movimento nas ruas até bastante tarde, polícia (municipal e de trânsito) em quantidade por todo o lado e, como não podia deixar de ser, trânsito aos molhos por todas as ruas. Aqui é que se nota a diferença, para pior. São milhares e milhares de veículos a circular. Hoje, para andar 500 metros e atravessar Cibeles demorou-se 15 minutos. A praça do Marquês, comparada com esta, é uma brincadeira. Que consolação.

8.10.06

O RADAR

Aqui está ele, o super-radar.
Agora é que não há hipótese nenhuma de escapar, pois o digital com operador, se não caçar na altura, regista e manda depois a conta. Vai chegar para todos.
Não sei se esta modernice faz parte deste
Simplex, mas posso adivinhar a mossa que vai fazer de Norte a Sul. E nas Ilhas também. A uma média de 50 €uros por infracção, é só fazer as contas.
Mas se esta moda
pega e se estende a estes casos, então é que vai ser o bom e o bonito. Uma pessoa cheia de pressa a querer despachar o auto e efectuar o pagamento e eles a ver de quem é a jurisdição.
Preciosismos...

7.10.06

A IRRESPONSABILIDADE

É inacreditável. Só em Portugal é que isto pode acontecer.
Quase 2 anos após o encerramento do túnel do Rossio, por questões de segurança, volta tudo ao princípio.

Esta estória não está muito bem contada. Um bom tema para o novo PGR.
Então ninguém vai ser responsabilizado pelos prejuízos e transtornos causados a milhares e milhares de passageiros? Que tipo de consórcio é aquele? Que trabalhos já foram efectuados? O que falta ainda fazer?

Se em condições normais contratuais a obra ficaria pronta em 2011, então quantos anos mais vão ainda ser sacrificados os utentes da linha de Sintra que querem chegar em condições ao fim da linha?

6.10.06

O TEMPO

Esta semana, um anormal excesso de falta de tempo não me permitiu ter tempo que chegasse para tudo. Não teve nada a ver com a obrigatória leitura das 163 páginas do Plano de Revitalização da Baixa-Chiado, nem com a chegada das 2 moções ou com a espera da 3ª. Foi mesmo isso....chegar ao fim do dia e já não ter tempo para mais.
A ver se não se repete.

2.10.06

A COMPETITIVIDADE

Encontrei-os no hipermercado e após os cumprimentos da praxe, veio a notícia de que, como já é usual, vão de férias em Outubro, nas próximas 2 semanas.
No ano passado foram até à ilha da Madeira e este ano...até aos Açores?, perguntei eu.
Não, a opção foi pelo Brasil, pois o preço de 5 dias, repito, cinco dias na ilha de S. Miguel era muito mais caro do que 14 dias, repito, catorze dias no Brasil, (7 dias em Pipa e 7 dias em Fortaleza). Parece mentira, mas é verdade.
Eis aqui um caso, igual a milhares de outros, em como não conseguimos cativar os nossos para férias cá dentro. Não é uma questão de não se gostar dos Açores, ou de outra qualquer região do País, a ponto de merecer um esforço financeiro. Nada disso, entendi eu. É que a diferença de preços é mesmo muito grande. Tanto o da viagem, como o do custo de vida de lá. E nos tempos que correm...
Conclui-se que há diferentes culturas empresariais no sector turístico dos 2 Países, mesmo na época baixa : uma para cativar mercado e outra para cativar clientes.
Uma questão de competitividade...ou de falta dela.

1.10.06

A CORRIDA

Eu não podia faltar.
Foi um esforço enorme...ter que me levantar cedo a um Domingo e ainda a digerir os 2 secos dos tipos do Apito Dourado.
Mas lá fui, porque era uma ocasião única e também só umas centenas de metros. Apesar das condicionantes (a idade, a barriguita, o equipamento) lá me integrei anónimamente no enorme pelotão, encabeçado pela Rosa Mota e pela Aurora Cunha, que puxavam muitos ilustres e consagrados pastéis.
Disseram que éramos quase 2 mil, em velocidade de cruzeiro (vulgo quase a passo) porque não dava para mais...mas chegámos todos ao Estádio, sem haver vencedores ou vencidos, com a fanfarra dos bombeiros a tocar para a nossa volta de honra na pista de tartan e logo depois presenteados com uma medalha, um pastel de nata e uma garrafinha de água.
Já não fiquei para o churrasco, pois era grande a necessidade de um banho retemperador e de uma refeição suculenta.
Para a posteridade, guardo a t-shirt autografada pelas 2 olímpicas, o dorsal 848, a medalha e a respectiva foto. E a lembrança das dores musculares...já é de noite e ainda tenho as pernas besuntadas de pomada. Ai...!