29.11.06

A MAGIA

Como que por um golpe de magia, parece que fica tudo em águas de bacalhau.
Nenhuma das partes desejou explicar como é que aconteceu.
Tal como nos espectáculos, foi uma mera questão de ilusão e bastava um pouco de atenção para se entender o número.
Conclui-se, se calhar precipitadamente, que vai ficar "tudo bem, amigos como dantes".
No entanto e visto já não existir a "causa" que originou tais consequências, não resisto a fazer 2 perguntas:
- será que os bens arrestados voltam a ser colocados em casa do Sr. Veiga?
- será que o Sr. Veiga retira o pedido de demissão e volta ao Benfica?
Vou esperar pelas respostas.

27.11.06

O SURREALISTA

Faleceu Mário Cesariny, pintor e poeta, considerado o principal representante do surrealismo português.
Nascido a 9 de Agosto de 1923 em Lisboa, frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça.

Em 1947 vai para Paris, frequenta a Academia de La Grande Chaumière e conhece André Breton, cuja influência o leva a criar no mesmo ano o Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com figuras como António Pedro, José Augusto França, Cândido Costa Pinto, Vespeira, Moniz Pereira e Alexandre O´Neill.
Este grupo surgiu como forma de protesto contra o regime político vigente e contra o neo-realismo. Mais tarde, funda o Grupo Surrealista Dissidente.
Mário Cesariny adopta uma atitude estética de constante experimentação nas suas obras e pratica uma técnica de escrita e de pintura amplamente divulgada entre os surrealistas designada "cadáver esquisito", que consiste na construção de uma obra por três ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas parte do que este fez.

25.11.06

A MENSAGEM

«Os autores do envenenamento de Alexandre Litvinenko quiseram enviar uma mensagem. O Polónio 210 não tem utilizações terapêuticas e é preciso fabricá-lo. A mensagem é a seguinte: quem o administrou tinha acesso a fontes de radioactividade e queria que se soubesse que é capaz de o usar para matar. Os serviços secretos e as oficinas dos terroristas são perfeitamente capazes de encontrar produtos que não deixam qualquer vestígio.»
Pascal Kintz, director do laboratório de toxicologia Chem Tox, em Estrasburgo, citado pelo jornal «Le Monde»

24.11.06

A CRIAÇÃO

Hoje o mau tempo convidava a estar mais tempo em casa.
Aproveitar para ouvir, de uma assentada, o Jorge Palma, o Rui Veloso e o Tim.
Para saborear uns quantos Sudokus.
Para ler a Visão. E espreitar as notícias actualizadas on line.
E a não largar este vício diário. No meio do surf, descobri esta pérola.
Para quem gosta de fotografia. E de as ver fotografadas, sem qualquer tipo de maldade. Arte pura.
Não há dúvida, foi mesmo a melhor coisa que Ele criou.
(Foto surripiada, com agradecimentos, ao Jumento)

20.11.06

A TROCA

Pois quando hoje li esta notícia sobre a troca de destinatários no registo das infracções pela DGV, lembrei-me logo das contas bancárias. Que giro que seria o meu banco trocar nomes e números e começar a debitar na minha conta os cheques de outros clientes.
Mas isto da DGV, que também mete nomes e números, deve ser mesmo um assunto complicado. É que não foi detectado agora (vem a ser investigado, analisado e pensado desde o ano 2000) mas, pelos vistos, mostra-se de difícil solução.
Na era do SIMPLEX e do PRACE, não se consegue fazer um esforço para garantir, no mínimo, a quem tem carta de condução, que no seu "cadastro" não consta mesmo uma infração cometida por outrém?
Dava jeito, para evitar o legítimo receio, que agora justificadamente temos, de podermos vir um dia a ser confrontados com surpresas desgradáveis.

19.11.06

O GUINESS

Depois de se ter anunciado que o Benfica era o maior clube do mundo, ou por outras palavras, o clube do mundo que tem mais sócios -embora se acredite que naqueles 160.398 sócios activos validados pelo GUINESS WORLD RECORD estejam mesmo excluídos os não pagantes, os que já pediram para sair e os já falecidos- a vida do clube da águia tem sido um suplício.
Primeiro foi o José Veiga, director-geral da SAD, que se demitiu por causa de um banco qualquer Luxemburguês ter pedido ao Tribunal para lhe arrestar alguns bens.
Depois, por suspeita de crime fiscal, a Polícia Judiciária portuguesa, acompanhada de magistrados italianos e a pedido destes, apreendeu o contrato do futebolista italiano Fabrizio Miccoli.
Para terminar a semana, após as críticas do treinador Fernando Santos à Federação e à Liga pela paragem do campeonato, vão jogar a Braga e saem de lá com uma pesada derrota, quase goleada.

A vida está difícil para aquelas bandas. Vai uma consulta ao Prof. Karamba?

18.11.06

A MP1

O fim de semana fez-se para descansar e nada melhor do que aproveitar o sol que ainda nos visita para ir beber um café numa esplanada, a ver o Tejo.
Muitos tiveram a mesma ideia e ali bem ao nosso lado ecoava, num som fanhoso, uma música pimba qualquer.
Olhei e lá estava ele, com o seu transistor em cima da mesa, sintonizado numa qualquer estação AM, que ainda é a companhia de muitos e muitos Portugueses, a quem se poderá chamar com muita propriedade a geração MP1.
Passaram ao lados dos walkman com ou sem rádio, primeiro os das cassetes e depois os dos CDs e nem reparam sequer nos actuais MP3, com ou sem FM.
Modernices, é o que podem dizer. Mas todos fornecidos com auscultadores.

16.11.06

O REPASTO

Hoje voltou a haver comesaina com os meus amigos.
Com uma baixa de última hora, lá nos encontrámos como de costume no Amoreiras e desta vez escolhemos as brazas. Não, não foram dessas que estão a pensar. Das outras, para grelhar os alimentos.
O menú foi variado: primárias em França, secundárias na Edilidade, kimilsunguistas no Ribatejo, aquilo hoje foi um fartote tal que ia provocando indigestão.
Para sobremesa, esta coisa de escrever na net que passou de bestial a besta por causa dos anónimos que, ultimamente, quer como autores ou como comentadores, aparecem mais vezes na rede a querer dar cabo da vida a uns quantos.
O digestivo é que ia estragando o repasto, pois acabámos a falar dos empregos. Dos nossos e dos dos outros, que regra geral são como a galinha da nossa vizinha.

Ora então, até para o mês que vem, que convém lembrar é de festividades.

14.11.06

A ATENÇÃO

Todos nós temos os nossos ídolos, alguns deles acompanham-nos mesmo desde a nossa infância ou adolescência. Ainda hoje gosto de ler o Tio Patinhas, de ouvir os Beatles e de ver o célebre Bond, my name is James Bond.
Por isso fiquei incrédulo quando vi
esta notícia, muito alarmado mesmo com o título.
Mas depois de ler, descansei. E até concordo, pois apesar de me divertir muito com os filmes do 007, concordo que a publicidade encapotada que está neles contida nos faz desconcentrar da cena, da acção, dos protagonistas. Regra geral olhamos para a marca da bebida que um actor está a verter para o copo, ou para a marca do maço de cigarros que está em cima da mesa, ou para o modelo e a cor do carro em que eles se fazem transportar. E no caso do James, todos sabemos a(s) bebida(s) preferidas dele e a(s) marca(s) dos carros que tem usado ao longo dos anos.
Isto é, há determinadas coisas que nos fazem mudar o olhar do essencial para o acessório, que nos fazem desviar a atenção do tema principal, como, por exemplo, na foto que ilustra este escrito.
Qual terá sido a percentagem de homens que olhou logo para a taça?
Taça, qual taça? Ah, pois... a taça, a que está em cima da mesa.

10.11.06

O CONGRESSO

Hoje à tarde, lá vou eu até Santarém.
Não porque tenha sido eleito delegado (alguém tem que ficar de fora) ou porque tenha que aceder a um amável convite que me foi enviado, mas simplesmente porque tenho sempre feito questão de estar presente.
Vão ser 3 dias de militância partidária, que faz muito bem ao ego; também de salutar convívio com outros camaradas e o rever de algumas caras que no dia-a-dia estão distantes.
Se o Presidente Almeida Santos for generoso no tempo, talvez me aventure a fazer uma das refeições ali para os lados da Abrunheira, zona de Leiria, onde parece que imperam ideais louváveis de juntar a família Socialista.
A ver se tenho cuidado para não apanhar uma indigestão.
Claro que tudo o resto vai ficar para 2º plano, pelo que, meus caros amigos,votos de bom fim de semana e.....até 2ª feira.

5.11.06

A ESCOLHA

Esta, que me foi contada, passou-se numa reunião do Executivo da Câmara de Lisboa que decorreu no mês passado.
Discutia-se a dada altura a proposta para fixar a taxa de derrama para o ano de 2007 e o Vereador Ruben de Carvalho (CDU) intervém alertando para um eventual equívoco que se poderá gerar se a nova Lei de Finanças Locais entrar em vigôr no próximo dia 1 de Janeiro, prevendo uma grande embrulhada entre a lei em vigôr nesta altura (de decisão do valor da taxa) e a lei que poderá estar em vigôr na altura da cobrança da mesma.
Intervém então o Vereador Nuno Gaioso Ribeiro (PS) que, talvez por não lhe ocorrer melhor argumento, esclarece Ruben de Carvalho com uma tirada de um seu examinando universitário:

"Em matéria de leis e de mulheres, escolho sempre a mais nova".
Ah, grande Gaioso. Vão sentir muito a sua falta.

4.11.06

A SEMANA

Não é só o Sócrates que tem direito. Eu também. Esta que agora acabou pode ser considerada a minha "semana horribilis".
Assistir ao debate sobre a IVG, impugnações e recursos, o pão-por-Deus, a mediática reunião da CPCL, a derrota do Belém....esta semana foi demais.
Mas há sempre algo para alegrar, nem que seja por breves instantes. Foi o que aconteceu quando fui comprar o Expresso e dei de caras com aquela revista pink-society que na capa tinha duas notícias que, ao lê-las, quase me vieram as lágrimas. Estas coisas comovem-me muito, caramba.
Na primeira, Elsa Raposo, poucos dias após ter rompido com o seu ex-futuro, dava-nos conta que já tinha arranjado um futuro-ex. Esta mulher qualquer dia supera a Vanessa Fernandes, a do Triatlo, na sua capacidade de bater recordes. Não sei se este também vai dizer que viu um choque de estrelas, ou se ela daqui a uns tempos lhe está a chamar todos os impropérios por ele dizer que ela é isto e aquilo.

Na segunda, Pinto da Costa anunciava com toda a pompa e circunstância que volta para a verdadeira esposa. Ora aí está o verdadeiro happy-end, com o regresso ao lar, doce lar. E o contentamento e respectivo perdão da legítima, que isso de animadoras de claque, agressões e queixas na polícia são águas passadas. E adidas culturais nem chegou a ser, quanto mais a parecer.
Em ambos os casos, acho muito bem, pois todos temos direito, custe o que custar, a tratar da nossa vidinha. Se não formos nós, ninguém trata.
E além disso, não descortino qualquer problema. As situações precedentes já são antigas, já têm mais de uma semana. Já ninguém se lembra.

2.11.06

O FIÚZA

Quem é que em Portugal não conhece o Fiúza? Aquele cromo de Barcelos que, desafiando tudo e todos, não acatava deliberações e punha recursos a torto e a direito, até à derrota final do seu clube?
Mas não é só em Barcelos que há Fiúzas. Em quase todos os sítios há um Fiúza (ou uma, porque somos pela igualdade) que valendo-se da chico-espertice, que é vulgarmente o querer ser mais esperto do que os outros esquecendo-se que o bom-senso e a inteligência devem sempre pervalecer. Mesmo que não sirva os nossos interesses.
O caso do Gil Vicente serve bem de exemplo: os júniores ainda estão impedidos de competir, os séniores tiveram mesmo que descer de divisão e são bastante penalizados devido às faltas-de-comparência nas jornadas iniciais, os patrocinadores fugiram, os ordenados em atraso chegaram. Mas o Fiúza e o seu séquito de letrados lá continuam a dizer que têm razão, enquanto a caravana vai passando.
Mas não é só no futebol e em Barcelos que se encontra disto.
Adaptando a célebre frase do Vasquinho, "Fiúzas há muitos, ó palerma!".