14.10.06

A JUSTIFICAÇÃO

Leu-se no Expresso de hoje esta transcrição do jornal "O Ribatejo" :

40 Contribuintes do distrito de Santarém foram notificados para justificar, no prazo de 10 dias, a posse de automóveis topo-de-gama de valor superior a €50 mil. De acordo com o director distrital de Finanças, Mário Januário, a aquisição dos referidos veículos não bate certo com os boletins de IRS de 2003, 2004 e 2005. Nalguns casos, não foram entregues declarações; e noutros, o rendimento manifestado é "irrisório".

Bom, se todos os directores distritais de Finanças forem com o de Santarém, preparem-se porque vai haver muita gente a ter que se justificar. Ai vai, vai...

6 comentários:

Luís Novaes Tito disse...

E lá voltamos nós de novo à vaca fria, meu caro Luís.
A rua está cheia deles (de topos de gama) e a maioria não está registada em nome de quem os usa.
O que esse senhor das finanças e os outros deviam fazer era calcular quanto vale a utilização desses carros pelos seus utentes e depois de verificar isso somar esse valor ao salário que esses senhores declaram. Isso sim, era uma coisa séria, em vez de se fingir que se está a fazer alguma coisa.

LRC disse...

Meu caro LNT, mas pelo menos mostra-se que se está a fazer alguma coisa. Como diz o ditado popular: quem cabritos vende e cabras não tem...
Pode não dar em nada, mas passa bem na opinião pública. Não só isto, como o corte ao Alberto João, o combate ao despesismo inútil e injustificado do Estado, etc...

Luís Novaes Tito disse...

Pois é, ainda há quem acredite que o que parece é. Veremos quando chegar a altura da verdade.

Carminda Pinho disse...

"...pode não dar em nada mas passa bem na opinião pública...".
Meu caro LRC, o que é que quer dizer realmente com isso?
Tou boquiaberta!
Abraço

LRC disse...

Uma das virtudes deste Governo PS é de não governar consoante os interesses instalados. Também dói aos que são do PS, militantes opu simpatizantes. Desde o 1º dia que José Sócrates tem reformado e legislado de acordo com os interesses do Estado. Não foi para tudo ficar na mesma que ganhou a maioria absoluta. Foi para mudar e endireitar. Daí, as grandes contestações (de inútil efeito, diga-se) de sectores que se consideravam intocáveis. Claro que os "invisíveis" também têm que ser penalizados e cai bem na opinião pública (não confundir com opinião publicada) ler que quem não pagava impostos e tem bons carros (e quiçá boas casas) é agora chamada a dar explicações e a prestar contas. Pode não dar em nada, porque se calhar é só em Santarém, e no fim faz-se o acerto fiscal a esses 40, pagam a coima e o imposto em falta...e fica tudo bem. Mas que o Povo vê que "com o PS" toca a todos, ai isso vê. Nem é preciso olhar para as sondagens para se notar a justeza da acção governativa. Mesmo com o PC a organizar manifestações semanalmente. É ler "O Sol" para ver como a Direita anda desorientada.
Como nota final, ser de esquerda e também do PS, não significa ser ortodoxo ou ser fanático do contra. Também tem que haver bom senso e pragmatismo.
Um abraço.

Carminda Pinho disse...

Meu Caro,
Ser do PS e ser de esquerda não é ser ortodoxo ou fanático do contra naquilo que a mim me diz respeito.
Ser do PS e ser de esquerda é uma maneira de exercer a liberdade criticar quando acho que tenho que criticar e apoiar quando é de apoiar. Não, nunca conseguirão fazer com que deixe de emitir a minha opinião.
Os líderes passam e o PS fica. E eu ficarei sempre do lado do PS de esquerda, o que não quer dizer que esteja sempre de acordo com o que os líderes do PS defendem.
E creio que isto é ter bom senso, pois só a liberdade nos trás esse bom senso.
Um abraço