1.2.08

REGICÍDIO

Sou republicano convicto, nascido e criado numa família em que o único Rei que reconhecia era o Eusébio, mas não teria ficado ofendido ou perturbado se hoje tivesse sido declarado o luto nacional. Era como a lei do tabaco, não concordo com todo o articulado mas respeito-a.
Numa coisa acho que eles têm razão: era um chefe de estado que foi assassinado e talvez só por isso, se justificasse o deferimento da petição.
No entanto, teria que haver também um dia de luto nacional pelo Sá Carneiro, outro pelo Sidónio Pais, outro por este e mais outro por aquele.
Quanto à ideia, hoje muito falada (por colagem e arrastamento) em todos os programas que ouvi para lembrar o centenário do regicídio, de se referendar o povo para que ele diga se quer uma república ou uma monarquia, acho que tudo isso é folclore para animar as hostes, tanto do PPM como da Causa Real que ano após ano se continuam a entreguerrear pela legitimidade do herdeiro ao trono (já descobriram quem é o impostor e quem é o verdadeiro?).
Defender um sistema de sucessão dinástica onde o povo não é tido nem achado, nem sequer representado na corte, e por outro lado, vir reclamar que esse mesmo povo vote e delibere (que palavras estranhas) numa causa que não é dele....não lembra a ninguém no seu perfeito juízo.

1 comentário:

Anónimo disse...

O livro "O Usurpador" do Nuno da Câmara Pereira (lider do PPM) é bastante elucidativo das guerras entre os nossos monárquicos.