9.8.08

PARABÉNS AO G.O.E.


Quando se dirigiram para a porta do banco com os reféns como escudo humano, pelas 22h55, os assaltantes assinaram a sentença de morte. Era uma questão de tempo até à intervenção do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP. O drama ainda se prolongou por uns longos 38 minutos. A gerente da agência bancária e o funcionário tremeram com as armas dos assaltantes apontadas à cabeça. Três tiros puseram fim ao pesadelo.

In "Correio da Manhã"

4 comentários:

Paulo Gomes disse...

Por todo o lado, tenho visto serem aclamados parabéns ao trabalho da polícia, no caso dos reféns do BES de Campolide. Falta dizer que eu também acho que estão de parabéns e que resolveram da melhor maneira uma situação muito delicada.

Mas, para a mesma situação e com o mesmo método de operações, se tivesse acontecido alguma coisa a algum dos reféns, estariam agora essas mesmas pessoas a fazer as seguintes perguntas:

1- Porque demoraram tanto tempo a agir?

2- Porque deixaram que acontecesse "aquilo" aos reféns?

3- Se era para disparar, tinham de ter a certeza que acertavam. Se não tinha a certeza, porque é que dispararam?

Ainda bem que tudo acabou da melhor maneira (menos para os assaltantes) e eu não sei a resposta às perguntas que aqui deixei.

Foi só para lembrar que em Portugal a diferença entre besta e bestial é tão pequena.

Abraços e parabéns ao G.O.E.

PG

LRC disse...

Caro Paulo,
vivemos num estado Democrático e de Direito e que preserva, acima de tudo, a vida humana. Daí se poder constatar que nesta caso específico de Campolide, não se agiu tipo América do Sul ou país 3º mundista :
1) a PSP demorou 3 minutos a lá chegar,
2) conseguiu-se tratar logo da libertação de 3 + 1 reféns,
3) houve 8 (oito) horas de negociações entre o mediador da PSP e os 2 assaltantes,
4) só quando se percebeu que eles não estariam pela rendição, se avançou com a acção dos GOE,
5) os GOE e os snipers são altamente profissionais e têm que cumprir a sua missão honrando o seu lema "um tiro, um morto".

As 3 perguntas que colocou no seu comentário só poderão vir de quem não pensou que poderiam estar eles próprios (ou algum dos seus familiares) no lugar dos reféns. Aí, por certo, que mudariam o discurso e pediriam calma, bom-senso e muito cuidado e que as coisas não fossem feitas a micro-ondas.

A melhor maneira de equcionarmos uma situação é colocarmo-nos no lado de quem lá está. Até mesmo no lugar da PSP, do Sniper, dos GOE, dos reféns, dos sequestradores.

Um abraço de contentamento

LC

PS - Parabéns, 2 vitórias seguidas do seu SLB.

Paulo Gomes disse...

Amigo Luis,

As perguntas que eu coloquei no meu comentário, não eram "minhas" mas sim as que haveriam de ser colocadas se as coisas não tivessem corrido bem.

Só para finalizar o assunto eu dei os meus parabéns ao trabalho da polícia no local.

Apenas me insurgi contra aqueles que gostam de estar na 1ª fila a dar os parabéns, porque normalmente, são também os que estão na 1ª fila para dizer mal e mandar a primeira pedra.

Faz-me lembrar aquelas pessoas que vão esperar a selecção ou a sua equipa de futebol ao aeroporto, quando têm sucesso. Mas quando as coisas correm mal, vão para lá também para chamar chulos e outros nomes do género.

Abraços amigos

LRC disse...

Caro Amigo Paulo,

Bem entendidas as suas palavras. Sei que é uma pessoa bem formada e que não alinha ao sabor do catavento.

Claro que há sempre a 5ª coluna, aquela que não faz falta mas que teima sempre em mostrar-se, sejam quais forem as circunstâncias. Quer seja para dizer bem ou para dizer mal, lá aparecem eles. De preferência pugnam por dizer o contrário e com toda a inconveniência.

Abraço anti-xenófebo.

LC