Cerca de 90% da população activa residente na Quinta da Fonte beneficia do Rendimento Social de Inserção, de acordo com dados da Câmara Municipal de Loures. E muitos, apesar de pagarem rendas de 4,26 euros por mês, devem neste momento à autarquia quantias que chegam aos oito mil euros, apurou o CM junto da Divisão Municipal de Habitação. Quer isto dizer que, desde que foram alojados na freguesia da Apelação, em 1997, muitos dos que beneficiaram do Programa Especial de Realojamento nunca cumpriram com o acordado. No entanto, basta passar pelo bairro – que voltou a ser notícia depois dos tiroteios da semana passada – para ver automóveis e carrinhas novos cujo valor ultrapassa, em vários casos, os 30 mil euros. O presidente da Junta de Freguesia da Apelação admitiu ontem ao CM que durante a recolha de dados para os Census 2001, em que ajudou os técnicos a fazer o levantamento dos dados na Quinta da Fonte, viu “casas muito bem apetrechadas. Mais equipadas do que as de muitos habitantes, que tiveram de pagar para viver naquele bairro”, diz José Alves. Ainda esta semana, um elemento da comunidade cigana que usufrui do Rendimento Social de Inserção queixava-se à imprensa de ter visto a sua casa assaltada. “Até o [televisor de] plasma levaram” lamentava.
2 comentários:
Pois é Luis, continuamos a pagar dos nossos imposto a ociosidade e a criminalidade, é o "chico espertismo",faça-se uma "rusga" à ostentação desta gente, não percebo como se pode ter carros topo de gama supostamente a vender roupa nas feiras.
É como dizes, caro Ergela, tem que se fazer uma "rusga" não só à ostentação mas aos critérios que presidem à atribuição do RSI. Não se pode estar a financiar a aquisição de plasmas, armas e topos de gama, quando há muita gente que precisa (e muito) que esse dinheiro fosse canalizado para lhes acudir.
Alguém tem que mandar abrir (ainda mais) os olhos para se saber distinguir quem precisa de quem "diz que precisa".
Um abraço.
LC
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