5.12.07

BOM SENSO

Quando ontem os Deputados Municipais do PPD/PSD apresentaram a contra-proposta de 143 milhões para o empréstimo a contrair para pagar as dívidas de curto prazo da Câmara de Lisboa, sabiam perfeitamente que esse número era irrealista e que não dava para pagar nem metade delas. Sabiam-no eles e sabia a Direcção Nacional que fez essas contas, uma "alternativa" para iludir o bota-abaixo politiqueiro que agora domina para aquelas bandas.
Daí que fosse visível, enquanto decorria a Assembleia Municipal, o nervosismo de alguns Presidentes de Junta de Freguesia (eles sim, a primeira imagem que o cidadão comum tem de um político) já a preverem os transtornos que uma eventual crise institucional na CML lhes poderia trazer para a gestão das suas Freguesias numa mais que provável, mas não desejável, transposição para o terreno da máxima "olho por olho, dente por dente".
E foi um Presidente de Junta, quiçá marimbando-se nas instriuções do "controleiro" que lá apareceu, que deu a solução
ao forçar os seus pares do PPD/PSD a aprovarem mesmo os 360 milhões de euros, montante necessário para que a Câmara volte a ser considerada um pessoa de bem e com credibilidade na praça.
Ficou bem esse volte-face feito em 15 minutos pelo PSD/PPD, presume-se que em em nome do bom senso. E de Lisboa.
O que não se compreende é que se tenham abstido numa solução por eles apresentada.

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