11.7.09

DÊ-SE TEMPO AO TEMPO

Tome-se como hipotético ponto de partida que não mantinha nenhuma consideração especial pelo Sr. Ministro. Não importa a existência de motivo…
Depois do gesto que o condenou, não teria qualquer razão para alterar o meu ponto de partida. Manteria a mesma visão apreciativa.
Haveria, contudo, uma diferença: a da solidariedade que se deve a quem soçobrou perante o martelo pilão que o adversário usa com a sabedoria do treino e a volúpia da vitória. Não importa a verdade do que use; o que importa é esmagar!
Assim é. É para isso que a máquina está preparada.
Por isso o meu aceno a quem parte, agora que já sabe ter sido, também, mas não principalmente, vítima de si mesmo.
E do outro lado, que sobra? Pouco mais do que nada, a saber: o inchaço de um ego que se apraz na vitória a qualquer custo pela importância que supõe que ela lhe conquista ou lhe concede.
Há quem julgue que chega.
Mas, não, não chega mesmo. É necessário juntar ao mero argumento inteligente a honestidade intelectual.
E não; não se torna uma mentira repetida muitas vezes numa verdade.
Dê-se tempo ao tempo… (que já começou)

José Manuel Tavares de Moura

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