Conheço a Ana Sara Brito o suficiente para poder dizer que, por muito que queiram fazer crer na opinião pública (e publicada), ela nunca seria capaz de trocar a ética e a verticalidade que é seu apanágio (ler estes brilhantes textos) por uma qualquer casa municipal, ou mesmo por um cargo público. Há valores que não se vendem e se há pessoas que não os vendem mesmo, Ana Sara Brito é uma delas.
Só alguém com muito mau carácter e mestre na baixa política poderia trazer este "suposto caso" (e outros nomes) à tona, depois de Santana Lopes e ex-ajudantes na CML terem sido constituídos arguidos pelas suspeitas nas atribuições de casas socias e, curiosamente, dias após Helena Roseta ter assinado um acordo com António Costa para começar a ter voz activa na CML. A maquinação estava tão bem montada que horas depois das primeiras notícias, o fenómeno já tinha nome: lisboagate.
E agora, que se entenda por bem desenrolar o fio à meada e que se publique a lista com todos os dados (datas, nomes, casas e rendas) relativos às atribuições da habitação dispersa da CML nos últimos 30 anos. Vamos a isso, quem não deve não teme. E quem não se sente, não é filho de boa gente.
Em minha opinião, António Costa está a perder tempo quando consulta a Comissão Nacional de Protecção de Dados para obter autorização de divulgação dessa lista. Aqui, não há nada nem ninguém a proteger.
Será que as Finanças precisaram de autorização para divulgar a lista de caloteiros? Ou que o Governo precisa de autorização para publicar as listas de quem recebe subsídios?
(Sobre as declarações de João Soares, um único comentário: lamentáveis)
Sem comentários:
Enviar um comentário