A MEDIDA

No primeiro dia de funcionamento dos radares na cidade de Lisboa (só com 9 dos 21 radares a funcionar e com uma tolerância bónus de 20 Km/h), foram caçados perto de 13.000 condutores em excesso de velocidade. Contudo, ainda é tudo a título experimental e não vai haver multas para ninguém, mas no início de 2007 vai começar a ser a doer.
Vamos ter que nos preparar para aumentar o tempo de viagem nos trajectos mais concorridos, pois todos os automobilistas (autocarros e táxis incluídos, ou não?) vão ter que cumprir com os limites de velocidade estabelecidos, para que não apareça em casa a respectiva multa de, no mínimo, € 30,00.
E como o povo cá do burgo é mais de remediar do que prevenir, prevê-se que é agora que a Câmara de Lisboa vai endireitar as finanças.
Vamos aqui fazer umas contitas: já com os 21 radares a funcionar, com todas as cautelas dos condutores e descontando o custo administrativo (sim porque emitir e enviar diáriamente milhares de multas tem o seu custo) vamos projectar que se mantém nos 13.000 o número diário de automobilistas a serem multados por excesso de velocidade. Ao valor mínimo de € 30,00 perfaz, em 22 dias úteis, 8 milhões 580 mil €uros por mês, o que dá anualmente 102 milhões 960 mil €uros. Contas feitas por baixo, claro está.
Vamos aguardar pelo primeiro trimestre de 2007 para vermos os resultados práticos desta medida camarária: se foi implementada para prevenir (haverá poucas multas pois os automobilistas aprenderam, e bem, a ser cumpridores) se para reprimir (o automobilista incumpridor vai, e bem, ajudar a pagar a crise).