5.12.07

OS SACOS

A notícia do dia era que o Governo andava a estudar a hipótese de termos que pagar os sacos de plástico, esse utilitário que nos dão nas lojas e nos hipermercados para transportarmos as compras.

Não dei grande relevância à notícia, pois já estou um pouco habituado a isso: no supermercado Pingo Doce, aqui na Lapa, há largos meses que os sacos de plástico têm que ser adquiridos e quando vou ao IKEA se quero acomodar as compras tenho que comprar um saco de papel ou então de plástico reforçado. Para não falar também das lojas LIDL.
De certeza que pelo país fora deverá haver outros estabelecimentos que aplicam tal medida, mas até hoje não me lembro de ter lido, visto ou ouvido algum protesto (ou sequer comentário) sobre esta obrigação de aquisição do saco.
Mas bastou ser um membro do Governo a aventar essa ideia, e aqui d'el rei que os políticos até nos sacos de plástico nos querem ir ao bolso. De nada valeu a intervenção do representante da Quercos a tentar explicar a bondade ambiental de tal ideia.
Era "mão ao bolso" ....e mais nada.

ALÔ, AVEIRO ?

Para todos os Presidentes de Câmara, de norte a sul do País e de qualquer força política, que se estão a mostrar indignados com o carácter de (dizem eles) excepção do empréstimo que vai ser pedido pela Câmara de Lisboa, ao abrigo do artigo 40º da Lei em vigôr, sugiro que liguem para a Câmara de Aveiro e perguntem ao Presidente (PSD) como é que ele fez.

BOM SENSO

Quando ontem os Deputados Municipais do PPD/PSD apresentaram a contra-proposta de 143 milhões para o empréstimo a contrair para pagar as dívidas de curto prazo da Câmara de Lisboa, sabiam perfeitamente que esse número era irrealista e que não dava para pagar nem metade delas. Sabiam-no eles e sabia a Direcção Nacional que fez essas contas, uma "alternativa" para iludir o bota-abaixo politiqueiro que agora domina para aquelas bandas.
Daí que fosse visível, enquanto decorria a Assembleia Municipal, o nervosismo de alguns Presidentes de Junta de Freguesia (eles sim, a primeira imagem que o cidadão comum tem de um político) já a preverem os transtornos que uma eventual crise institucional na CML lhes poderia trazer para a gestão das suas Freguesias numa mais que provável, mas não desejável, transposição para o terreno da máxima "olho por olho, dente por dente".
E foi um Presidente de Junta, quiçá marimbando-se nas instriuções do "controleiro" que lá apareceu, que deu a solução
ao forçar os seus pares do PPD/PSD a aprovarem mesmo os 360 milhões de euros, montante necessário para que a Câmara volte a ser considerada um pessoa de bem e com credibilidade na praça.
Ficou bem esse volte-face feito em 15 minutos pelo PSD/PPD, presume-se que em em nome do bom senso. E de Lisboa.
O que não se compreende é que se tenham abstido numa solução por eles apresentada.

3.12.07

COERÊNCIAS

Acabámos de ficar a saber pelo lider do PPD/PSD de Lisboa o nome de algumas das grandes empresas a quem eles durante 6 anos não pagaram (bem pelo contrário, deixaram aumentar a dívida) e que, pelos vistos, também não querem que agora se pague de uma vez por todas.

Durante estes 2 últimos mandatos do PPD/PSD na Câmara de Lisboa, onde andaram estes ilustres pensadores e estrategas de alta finança? É que deveriam ter sido solidários com Santana Lopes e Carmona Rodrigues, apontando-lhes, nessa altura, o caminho para evitar o descalabro a que deixaram chegar as finanças da Câmara de Lisboa.

Quando, há meses atrás, assistimos às eleições internas no PPD/PSD, vimos muitos dos 33 Presidentes de Junta de Freguesia PPD/PSD de Lisboa apoiarem "de alma e coração" o candidato Marques Mendes, rejeitando à partida o projecto populista e de política rasteira que acabou por vir a comandar os Social-Democratas. Já para não falar dos que viram com muito bons olhos a candidatura independente de Carmona Rodrigues contra o candidato ofocial do PPD/PSD, o agora Vereador Fernando Negrão.

Amanhã, aquando da votação na Assembleia Municipal, vou gostar de ver alguns desses Presidentes a terem que engolir um grande sapo para acatar a imposição da disciplina de voto.

2.12.07

FRUSTRAÇÕES

Esta noite fiquei com pena da minha filhota, após mais uma desilusão em directo na TVI.
É a única, cá em casa, que é adepta da lagartagem e, fruto das últimas exibições que não foram grande coisa, vai sendo massacrada pelos irmãos, lampiões natos.
Ontem, após aquela outra desilusão na Luz (que da expectativa de ficarem a 1 ponto e a discutir o título, acabaram por ficar arredados a 7 de distância) reparei que a Inês esboçou um sorriso. É a tal coisa das rivalidades.
Mas hoje lá voltou outra vez o desânimo, contudo mais contido do que aqueles que, lá no estádio, vaiaram e até mostraram lenços brancos a dirigentes, técnicos e jogadores. De bestiais passam, num ápice, a bestas.
Pois, e com frangalhadas daquelas também não há adepto que resista. Principalmente quando as expectativas são grandes. É a vida!