Entrámos nos últimos dias de campanha eleitoral para o Referendo. Pouco mais há para argumentar, mas ainda se pode fazer algo mais pelo "SIM". Principalmente junto dos indecisos e daqueles que estão agora a meditar na recente mensagem deixada pelos líderes da direita: "votamos não, mas discordamos dos julgamentos e condenações das mulheres. Terá que se pensar como mudar a lei". Uma grande treta, é o que isto é. Como frisou Maria de Belém Roseira, isso é como ser a favor da Inquisição mas não querer as fogueiras.
É outra incongruência de quem já não tem mais para dar (do pouco que tinha) e que, em desepero de causa, se agarra a argumentos falaciosos para tentar virar o sentido de voto de muita gente que habitualmente vota na direita e que, no referendo, vai votar no "SIM".
José Sócrates já deu públicamente a resposta, deixando muito claro que, se o não ganhar, a lei fica como está e a IVG continuará a ser crime. Isto é, escusam de equacionar outros cenários, porque o que a direita diz não se escreve.
Se o não ganhar, continuará o negócio dos abortos clandestinos. E continuará a "ida às compras" a Espanha e a Inglaterra de quem $$$ pode evitar os riscos.
Para acabar com esta situação só nos resta explicar, a quem ainda não entendeu, que no próximo Domingo só há uma via: votar "SIM", independentemente de credos, religiões, políticas ou clubites.